Melodia
Melodia

Viajar é fechar a agenda e sair da rotina

Viajar é se lançar aos lugares deixando que eles entrem dentro de nós

É deslizar os olhos para tantas maravilhas

É surpreender se sempre, porque ainda que o lugar seja o mesmo, os olhos já são outros

É sentir o aroma dos pratos, das flores, das montanhas, campos e da brisa do mar

É ouvir o burburinho dos cafés e praças, de um sino de igreja, uma música ao longe ou o silêncio de uma estradinha solitária

Viajar é envolver se, emocionar se

Passear a alma

E voltar um pouco diferente do que fomos

Sempre pra melhor!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Llao Llao: um oásis entre as montanhas

Hotel Llao Llao em  Bariloche



Jardim do hotel ... Para pensar "gostoso" na vida!



Piscina com fundo infinito para o lago Moreno!



Gazebo aquecido da piscina interna



Embarcadouro no Hotel Llao Llao



Varanda fechada com vista para o campo de golfe



Hall de entrada do Llao Llao



Sala de estar do hotel, aconchegante até!



Corredor principal do Llao Llao



Deliciosa mesa de café da manhã



Ah! a mezzaluna doce e o pão de maçã, para deixar saudades!



Café com paisagem


Adoro visitar hotéis! Famosos ou não, entro sempre que sou atraída. Para um café, um aperitivo ou simplesmente uma passadela.


Essas visitas, abrilhantam muito os lugares. Como quando, perseguindo de carro uma paisagem, no alto de Santorini, deparamos com um hotel e em sua piscina, fomos contemplados por uma vista, que marcou a Grécia, para sempre em mim!


Também no Hermitage em Monte Carlo, conhecemos um jardim de inverno projetado por Gustave Eiffel, tão lindo quanto a torre em Paris. Até em Èze, na Cote d'azur, no hotel  La Chèvre d'Or, tomando um vinho branco em seu terraço, constatamos, ser aquela a mais bela paisagem da riviera!


Assim foi com o hotel Golf & Resort - Spa Llao Llao em Bariloche. Na nossa última passagem por lá, fazendo uma visita, percebi ser ele, junto com a vista do Cerro
Campanário o apogeu de Bariloche.


Dessa vez agora em abril, ficamos lá, e constatei: Esse imponente hotel está inserido em uma paisagem de contexto incomum!


Envolvido em montanhas e abraçado pelos lagos Moreno e Nahuel Huapi, com sua piscina de fundo infinito, nos deixa na memória, uma imagem sublime!


Com um serviço cortês, camas e lençóis impecáveis, camareiras delicadas, decoração alpina clássica e um profundo silêncio, para um sono reparador!


O café da manhã do Llao Llao é um  capítulo a parte: com janelões imensos, voltados para a paisagem, estão dispostos numa grande mesa retangular, verdadeiras delícias.


Ressalto a mezzaluna (croissant adocicado) e um inesquecível pão de maçã, que nunca provei igual, nem na França!


Que delícia tomar um café da manhã tão bem atendida, namorando os lagos e as montanhas e ao som de música clássica!


Para gran finale no último dia, ouvi como despedida, o Lago dos cisnes de Tchaikovsky!


Só faço ressalva, aos três restaurantes do hotel, nenhum vale a pena, Infelizmente são fracos. Mas isto não altera a posição desse hotel.


Em Bariloche sugiro o gostoso bife de lomo, mal passado, no Boliche do Alberto. E ainda penso...


O que seria de Bariloche sem o Llao Llao ?

sábado, 16 de abril de 2011

Lago Maggiore e uma grata surpresa

 Hotel Villa Aminta



Entrada do hotel Villa Aminta



Jardim  do hotel!



Hortências em profusão




Jardim do Villa Aminta!



Sacada do hotel



Restaurante no jardim do Villa Aminta



Restaurante no gazebo



Lustre de Murano no restaurante do gazebo



Coleção de cachorrinhos do Villa Aminta



O Elegante pianista





Estávamos em Lugano, nossa segunda pausa na estada pelos belos lagos,do norte da Itália.

Essa aprazível e florida cidade, que fica no Ticino Suiça Italiana,tinha sido programada, para um dia de descanso e passeio por ali mesmo.

Já tínhamos estado, pelos lagos de Garda e Como
Tanto eles, como seus entornos,um encanto!


Pela manhã saímos sem  pressa, caminhando até a rua central de Lugano, almoçamos por ali, e ao final, como tenho rodinha nos pés...  ah, e asas na alma, cogitei girar o lago Maggiore, que tem uma parte suiça e outra italiana. E lá fomos...


Percorrendo a estrada estreita, que contornava o lago, e embalados numa conversa envolvente, me dispersei um pouco e pensei... engraçado, estudo tanto o roteiro, com tanta atenção, e acabei deixando esse dia meio bobo... sim, porque passeando na Europa, qualquer dia, está muito longe de ser comum.


De repente, minha amiga disse: gente, vamos voltar, passamos por uma coisa linda! Olhando o lago, eu sequer percebi nada.


Voltamos, e de repente eu miro, um pequeno palacete de frente para as ilhas Barromeo! A Bella, Dei Pescatore e Madre.

Mas, nem esse arquipélago tão conhecido, me atraiu tanto quanto o hotel!


Era como se um imã desviasse os meus olhos somente para aquela imagem de biscuit!


Para aquele primor de jardim, repleto de hortências azuis e rosa!


Um dos restaurantes era num gazebo com decoração veneziana, e  um lustre de Murano espetacular ao centro!


De longe vinha um som de piano, com músicas italianas, numa voz macia, da melhor qualidade! Meu coração disparou...


Resolvemos ali ficar, e durante o jantar, o elegante pianista, percebendo sermos brasileiros, começou a cantar músicas do Ivan Lins: "seu coração é um barco de velas içadas. Longe dos mares,do tempo, das loucas marés".


Que bonito! um italiano tão longe, num lago da Itália ser admirador do talentoso Ivan Lins!


Logo à frente estava Stresa, uma bela cidadezinha italiana, que tínhamos intenção de conhecer, mas o Villa Aminta nos envolveu de tal forma, que a noite encerrou se, por ali mesmo, com um belo jantar!


Sobrou a conclusão, de que não tem dia comum nesse continente. É impossivel!

 Sempre pode acontecer, a qualquer momento... uma grande e grata surpresa!

sábado, 9 de abril de 2011

Turquia: Capadócia e uma imagem lunar




Istambul com a Mesquita Azul ao fundo



Visão da Capadócia



Uma cidade da Capadócia



Visão lunar da Capadócia



"Chaminés de fada" na Capadócia



Cenário de ficção científica na Capadócia



Derviches entrando para o sagrado ritual



Dança dos Derviches " Entre o Divino e o terreno "

Em 2004 depois de Istambul seguimos para a Capadócia, região ao centro da Turquia .

Não sou muito voltada aos destinos exóticos, dada  essa minha paixão desmedida pela clássica Europa, mas existia muito em mim o desejo da Capadócia.

A estada por lá foi curta, mas foi possível ainda assim, mergulhar numa cultura tão diferente.

Uma  paisagem  construída a milhões de anos, de origem vulcânica e que foi fazendo caprichosamente seus desenhos, mostrando tudo do que a natureza é capaz!

Uma visão lunar e amarela bem clara, contígua e de várias e infindáveis formas.Uma vista tão original!

Apesar de muito árida e desértica, de alguma forma tinha vida, tinha luz!

À noite, fomos a uma cerimônia do ritual sagrado dos Derviches. Ao som de uma música cantarolada por eles e com um controle absoluto sobre o corpo, ficam girando até por quase uma hora, sem desiquilibrarem!

 Uma mão é voltada para cima e liga ao divino e a outra para o chão, que conecta à vida terrena. Essa dança se fez pra mim tão expressiva, que ficou mais fácil, o entendimento da cultura e até do carisma daquele povo! 

Sentimos nos poucos dias que estivemos por lá, muita receptividade do povo turco. São solícitos simpáticos e comunicativos. Apesar da dificuldade com a língua, não houveram momentos em que tudo, não encerrasse com um sorriso!

Muito depois da Turquia, uma noite na França em Avignon, tivemos que numa emergência, jantar num restaurante turco. Só tinha o dono por lá. 

Nos serviu todo gentil e enquanto estávamos envolvidos com o jantar, percebi que ele nos olhava atentamente, demonstrando assim, um  desejo grande de conversar e ao final, acabou sentando se com a gente.

Dissemos ter conhecido o seu país, que tudo nos agradou, principalmente a Capadócia!

Disse que senti tão tocante a dança dos Derviches, no rodopio com as mãos entre o divino e o terreno e que tão adorável era o seu povo!

Ele colocou uma das mãos para cima e a outra para baixo. Tão saudoso do seu país e com os olhos marejados de emoção, disse orgulhoso: ah! você assistiu ao rito? Como se só esse gesto, já lhe fosse suficiente para matar toda a saudade!

Ele era da Capadócia!

Percebi mais uma vez nesse momento, como é bonita a gratidão e o sentimento genuíno de um povo por seu país! De repente esse senhor, me remeteu ao carisma e à luz que vivenciei na Capadócia!

E essa emoção está guardada em mim para sempre!